segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Bebês surdos devem aprender língua dos sinais nos primeiros meses de vida


Atividades com bebês surdos visam desenvolver habilidades visuais e ensinar linguagem dos sinais (Foto: Divulgação/ECS)



Pais têm de interagir com brincadeiras e usar linguagem para socialização.
Atividades buscam desenvolver habilidades visuais da criança.


O maior desafio para quem trabalha com crianças surdas é acreditar nos bebês como diferentes e não como deficientes. É assim que pensa a fonoaudióloga escolar Sandra Refina Leite, que trabalha na Escola para Crianças Surdas (ECS) Rio Branco, em São Paulo. Para Sandra, a melhor maneira de potencializar a produtividade e o desenvolvimento dos bebês é ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde os primeiros dias de vida. A fonoaudióloga participa nesta sexta-feira (22), em São Paulo, de um encontro que vai discutir a educação para surdos.

“Desde o momento em que os pais descobrem a surdez do bebê é importante procurar um especialista para que, além da própria criança poder aprender a língua dos sinais, eles também possam aprendê-la. É fundamental que a criança desenvolva habilidades visuais para se sentir incluída socialmente e quanto mais cedo ela iniciar o processo de educação, melhor”, diz. “Todos os nossos esforços são para que a criança aprenda da maneira mais natural possível”.

A especialista afirma que os pais não costumam aceitar a surdez do bebê em um primeiro momento. “Nossa sociedade não está preparada para a diferença, e isso se reflete também no comportamento dos pais dos bebês, que demoram um pouco a se acostumar. Ainda assim, o resultado vale muito a pena”, afirma Sandra. A fonoaudióloga diz que em seis meses de atividades o bebê já começa a reconhecer os sinais, mesmo que de maneira ainda não estruturada.

Em casa, é fundamental que os pais se comuniquem com o bebê por meio da linguagem de sinais. Sandra reafirma ainda a importância de brincar com a criança e contar histórias. “Aos pais cabe a tarefa de apresentar o mundo à criança, nomear pessoas e coisas, para que ela entenda a complexidade do mundo, e interagir sempre”, diz.


Surdez

O teste que identifica a surdez do bebê pode ser feito ainda na maternidade. As causas da deficiência podem ser muitas, mas as mais evidentes, segundo Sandra, são casos de meningite, rubéola e toxoplasmose da mãe durante a gravidez.

No processo educacional proposto pela ECS, o bebê participa de atividades educacionais até os 3 anos, para se familiarizar com a linguagem de sinais. A partir dos 3 anos, a criança é encaminhada para o ensino formal em uma turma formada apenas por surdos. Depois do quinto ano do ensino fundamental, a orientação é que o aluno seja encaminhado a uma escola tradicional, acompanhado de um intérprete.

“Propomos que o aluno fique em uma escola especial porque em todos os outros momentos do dia ele conviverá com pessoas ouvintes, dentro da própria família. A idéia não é isolar o aluno, mas ensiná-lo a agir como uma pessoa diferente, mas participante quando for exposto a qualquer situação com ouvintes”, afirma.

Fonte: G1.com

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A via política

08/09/08

Luiz Carlos Merege*

Apesar da descrença geral em nossos políticos e nos programas de seus partidos não se pode negligenciar a importância que o sistema de representação possui para que as aspirações da sociedade possam se concretizar.

Já dizia o poeta que o pior analfabetismo é o analfabetismo político. Para a minha geração era fundamental a participação política não somente durante o período eleitoral, mas, e fundamentalmente, uma ação permanente de conscientização das pessoas para que elas pudessem se tornar sujeitas de seu próprio destino. A nossa utopia nos levava a uma visão de que a alienação das pessoas seria varrida de suas cabeças e que a participação política seria massiva e apoiada em ações que revolucionariam a ordem econômica, social, cultural e de convivência comunitária.

A reconquista da democracia a partir de 1984 e a constituição cidadã de 1988 redobrava a esperança de que a utopia se tornaria uma realidade. A renovação política com o surgimento de novos partidos que captam as aspirações dos movimentos operários e dos movimentos sociais, que floresceram durante o período ditatorial, resultaram em revolucionários programas de governo.

Os partidos de esquerda conseguiram desta forma mobilizar de forma eletrizante parcela significativa da população, mas quando conquistaram o poder as suas bandeiras de lutas foram parcialmente implementadas ou ignoradas totalmente. A frustração foi tão enorme quando foi a dedicação voluntária de milhares de militantes por uma causa política.

Este cenário tornou-se propício para que todos aqueles que aspiravam uma transformação da sociedade buscassem formas alternativas de atuação. Transformar uma indignação em um processo de mudança da realidade era algo impossível para qualquer ser deste país, até a descoberta do terceiro setor.

A ação pública só era identificada com as atividades do Estado daí a necessidade de estarmos vinculados a um partido político para que este servisse de intermediário entre as nossas aspirações e o poder de ação de um governo.

O terceiro setor surge como um atalho entre a nossa vontade transformadora e a ação necessária sobre a realidade. A admirável possibilidade legal de qualquer pessoa criar uma organização em defesa de uma causa e essa pessoa poder atuar diretamente sobre as injustiças sociais, econômicas, culturais, raciais ou pela preservação do meio ambiente, explica o impressionante crescimento das organizações do terceiro setor. Se eu posso atuar por que esperar que o Estado atue por mim, é o que passa a habitar o consciente coletivo.

Não resta dúvida que a revolução associativa que dominou não somente o nosso país mas o mundo todo, tornou-se um fenômeno que alterou completamente o pensar e o agir público contemporâneo. Algumas vezes de forma distorcida como é o caso de quando muitos defendem que o Estado tornou-se um ator secundário na arena social. Nada mais estúpido do que tal pensamento. A sociedade civil por mais que cresça e apareça jamais poderá substituir o Estado em seu poder transformador.

Uma ONG ou uma rede de ONGs ambientalistas pode organizar um espantoso movimento pela despoluição de nossos rios, mas jamais terão o poder de fazer com que as industrias poluidoras reduzam a zero o impacto que causam na natureza. Torna-se necessário que o Estado através de leis e decretos determine que tais empresas acabem com a poluição ou serão penalizadas se continuarem com suas atividades. As soluções estruturais só podem ser dadas pelo Estado.

As organizações do terceiro setor podem e devem colocar como uma prioridade em sua agenda uma atuação coletiva que leve a uma maior influência sobre a atuação do Estado.

Desde o início da luta há mais de uma década pelo reconhecimento da identidade do terceiro setor, não se registrava uma abertura tão grande, por parte de candidatos a cargos executivos, às causas dominantes no terceiro setor.

As eleições municipais estão próximas e tem-se um ambiente propício para que as organizações se unam em torno de temas que são caros a sua missão e que possam, portanto, serem apresentados como uma demanda política. Desta forma pode-se atuar no sentido de construir o Estado que queremos e merecemos.


*Luiz Carlos Merege é professor titular, doutor pela Maxwell School of Citizenship and Public Affairs da Universidade de Syracuse, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor - CETS da FGV-EAESP, do curso de Administração para Organizações do Terceiro Setor e do Projeto Censo do Terceiro Setor do Pará .


(Este artigo foi originalmente publicado na edição de setembro da revista Integração, publicação do CETS). Leia a publicação on line.

domingo, 7 de setembro de 2008

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: O QUE FAZER DIANTE DO DERRAME

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente por derrame cerebral, é uma doença séria que pode causar seqüelas irreversíveis se a pessoa não for atendida rapidamente. Conheça suas causas, formas de tratamento e reabilitação.

O que é AVC

O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado pela lesão no cérebro causada por um "acidente" em um dos vasos sangüineos que irrigam a região cerebral. Pode ocorrer por um entupimento desses vasos, impedindo a circulação sangüínea, caracterizando o "AVC isquêmico", ou, ainda, um vaso sangüineo pode se romper provocando um sangramento no cérebro. Nesse caso, a denominação é "AVC hemorrágico".

O que provoca

O AVC pode ser causado por várias doenças, mas também existem fatores de risco. Os mais comuns para os tipos isquêmicos são pressão alta, diabetes, doenças cardíacas e taxas de colesterol e triglicérides altas. Pode acometer pessoas fumantes. No caso do AVC hemorrágico, os fatores que o ocasionam são a pressão alta, distúrbios de coagulação e, eventualmente, a presença de aneurisma cerebral (dilatação das paredes de artérias ou veias), que é congênito (a pessoa nasce com ele).

Quais os sintomas

Os sintomas do AVC dependem da parte do cérebro que foi lesada. Em geral, pode haver dificuldade na fala e nos movimentos ou alterações na visão. Formigamento ou fraqueza em uma das partes do corpo também é comum, além de dor de cabeça repentina. Estes sintomas são os mais comuns e podem até ter relação com outro problema, mas a recomendação é que a pessoa procure imediatamente um hospital.

Seqüelas

O AVC, em geral, deixa seqüelas que são mais ou menos graves, dependendo da área do cérebro afetada e do tempo que o paciente levou para ser atendido. As mais comuns são paralisia total ou parcial (de um lado do corpo, pode ser esquerdo ou direito); a alteração da fala, tanto no que diz respeito a expressão, quanto na compreensão; alterações visuais, dificuldades que podem atingir um lado do campo esquerdo ou direito e alterações de memória.

Tratamento

A pessoa que sofre AVC isquêmico deve procurar imediatamente um médico neurologista para prescrição de medicamentos apropriados para dissolver os coágulos, causado por entupimento de vaso, para que o sangue volte a circular normalmente na região cerebral atingida.

Reabilitação

A reabilitação de quem sofre AVC é importante no tratamento, passado o momento agudo do acidente. Existem várias formas de reabilitação e sua aplicação vai depender do tipo de comprometimento neurológico que a pessoa tiver. Por exemplo, no comprometimento motor, há intervenções fisioterápicas de várias naturezas. Se o paciente tiver alteração na fala, a Fonoaudiologia pode ser recomendada. Outros tipos de distúrbios neuropsicológicos, por exemplo, distúrbio de atenção, podem ser reabilitados com tratamentos neuropsicológicos. Existem recursos e reabilitação em várias esferas. Somente um especialista pode prescrever o melhor tratamento e a reabilitação adequados para cada caso.

Faixas etárias atingidas

O AVC atinge todas as faixas etárias, sendo raro na infância. É mais freqüente nas pessoas acima de 45 anos. Há isquemias relacionadas com os pacientes que têm diabetes e hipertensão arterial, mas existem outros fatores de risco que são comuns em pacientes mais jovens, como os sangramentos cerebrais por aneurisma, que podem acontecer entre a terceira e quarta décadas da vida. Há também casos de AVC causados por uso de pílula anticoncepcional ou consumo de drogas.

Fonte: Texto extraído do Jornal da AME-Associação Metroviários dos Excepcionais, ANO IV - no. 23 - setembro de 2000.

Poliomielite


Fernando S. V. Martins & Terezinha Marta P.P. Castiñeiras

A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.


Transmissão

O modo de aquisição do poliovírus é oral, através de transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral. A multiplicação inicial do poliovírus ocorre nos locais por onde penetra no organismo (garganta e intestinos). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destruição de células (neurônios motores), o que resulta em paralisia flácida.

Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença. Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida (permanente ou transitória), meningite ou, eventualmente, evoluir para o óbito. Desenvolvendo ou não sintomas o indivíduo infectado elimina o poliovírus nas fezes, o qual pode ser transmitido para outras pessoas por via oral. A transmissão do poliovírus ocorre mais freqüentemente a partir do indivíduo assintomático. A eliminação é mais intensa 7 a 10 dias antes do início das manifestações iniciais, mas o poliovírus pode continuar a ser eliminado durante 3 a 6 semanas. A poliomielite não tem tratamento específico.

Riscos


A poliomielite ainda é considerada endêmica pela Organização Mundial da Saúde na Nigéria, Índia, Afeganistão e Paquistão. Existem perspectivas de erradicação, mas elevado número de pessoas que deslocam de e para áreas endêmicas fazem com que o risco de reintrodução da poliomielite seja preocupante e, enquanto existirem áreas endêmicas no mundo, permanente. Não sem razão, entre 2003 e 2005, a doença foi reintroduzida , através de casos importados, em 25 países de onde fora anteriorment eliminada.

No Continente Americano, o último caso de poliomielite paralítica causado pelo poliovírus selvagem ocorreu no Perú em agosto de 1991. Em 1994 a eliminação da poliomielite no Continente Americano, o primeiro a obtê-la, foi atestada por uma Comissão Internacional. No Brasil, o último caso de poliomielite com o vírus selvagem ocorreu em 1989, e o país recebeu o Certificado de Eliminação da Poliomielite em 12 de dezembro de 1994. No entanto, o risco de reintrodução do poliovírus selvagem em países de onde a doença já foi eliminada, torna mandatória a vigilância continuada dos casos de paralisia flácida e a manutenção dos programas de imunização para a poliomielite. A vacina contra a poliomielite faz parte do Calendário de Vacinação e é aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Além disto, é realizada anualmente uma Campanha Nacional de Imunização, na qual são vacinadas crianças com idade de até cinco anos.

Manifestações

Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença e mais 95% das infecções são assintomáticas. O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias. Quando ocorrem, as manifestações são semelhantes às de outras doenças, como infecções respiratórias (febre e dor de garganta, "gripe") ou gastrintestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação - "prisão de ventre" - ou, raramente, diarréia). Na maioria das vezes as manifestações desaparecem em uma semana e não ocorre comprometimento do sistema nervoso central.

Em algumas pessoas, após as manifestações iniciais, pode surgir um quadro de meningite asseptica, geralmente, com recuperação completa em até dez dias sem que ocorra paralisia. Contudo, em uma em para cada 200 pessoas infectadas pode haver o desenvolvimento de poliomielite paralítica. A paralisia flácida geralmente começa entre 1 e 10 dias depois das manifestações iniciais e progride por 2 a 3 dias. A poliomielite não tem tratamento específico. Muitas pessoas que desenvolvem poliomielite paralítica se recuperam total ou parcialmente, mas 2 a 5% das crianças e 15 a 30% dos adultos podem evoluir para o óbito.

Medidas de proteção individual

A poliomielite pode ser evitada através de vacinação e medidas de prevenção contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. Existem dois tipos de vacinas, a Sabin (oral, com vírus atenuado) e a Salk (injetável, com vírus inativado). A vacina oral contra a poliomielite não deve ser utilizada em pessoas com imunodeficiência (inclusive portadores de HIV) e nem em contactantes destes indivíduos, situações nas quais deve ser utilizada a vacina produzida com vírus inativado (injetável). Os indivíduos com imunodeficência, além do risco maior de poliomielite vacinal, podem eliminar o vírus pelas fezes por períodos prolongados (meses, anos), o que facilita a ocorrência de mutação ("reversão") e constitui um risco para pessoas não vacinadas. O Cives recomenda às pessoas com viagem programada para áreas de risco para poliomielite, que:

Atualizem seus esquemas vacinais contra poliomielite, independentemente da idade (criança ou adulto).
Adotem medidas de prevenção contra as doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos (poliomielite, cólera, febre tifóide, hepatite A, hepatite E).
Atualizem a vacina contra febre amarela (validade de 10 anos) e outras doenças imunopreveníveis (como sarampo).
Utilizem medidas de proteção individual contra a malária (paludismo), doença endêmica no Continente Africano e Subcontinente Indiano, contra a qual não existem vacinas disponíveis.
Em países que estiveram ou ainda estão em guerra, não andem por áreas desabitadas ou evitadas pela população local, pelo risco acidentes com minas terrestres explosivas.

Fonte: CIVES

Calendário Básico de Vacinação "Proteção contra doenças e deficiências"

Calendário básico de vacinação (crianças) Idade
Vacinas
Dose

Ao nascer
BCG-ID (1)
dose única

Hepatite B (2)
1ª dose

1 mês
Hepatite B
2ª dose

2 meses
Tetravalente (DTP + Hib) (3)
1ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
1ª dose


VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (4) 1ª dose
4 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
2ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
2ª dose


VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (5) 2ª dose
6 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
3ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
3ª dose

Hepatite B
3ª dose

9 meses
Febre amarela (6)
dose única

12 meses
SRC (tríplice viral, MMR)
dose única

15 meses
DTP (tríplice bacteriana)
1º reforço

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
reforço

4 - 6 anos
DTP (tríplice bacteriana)
2º reforço

SRC (tríplice viral, MMR)
reforço

10 anos
Febre amarela
reforço


1. A aplicação da dose de reforço com a BCG-ID (intradérmica) foi suspensa a partir de junho de 2006. A segunda dose da BCG continua recomendada para contactantes domiciliares de pessoas com qualquer forma de hanseníase. Ver Nota Técnica no. 66.
2. O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses devem ser aplicadas, respectivamente, 30 e 180 dias após a primeira.
3. A vacina tetravalente (DTP+Hib) protege contra Difteria, Tétano, Pertussis (coqueluche) e infecções graves pelo Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite). Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos, são feitos com a DTP.
4.
A primeira dose da vacina oral contra rotavírus humano (VORH) pode ser administrada entre 6 a 14 semanas de vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.

5.
A segunda dose da vacina oral contra rotavírus humano (VORH) pode ser administrada entre 14 a 24 semanas de vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.

6. Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para áreas de risco de febre amarela. Para não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior, a vacina contra febre amarela deve ser feita 10 dias antes da partida.


O Cartão de Vacinação é um documento de comprovação de imunidade. É responsabilidade das Unidades de Saúde emití-lo ou atualizá-lo por ocasião da administração de qualquer vacina. Deve ser guardado junto com documentos de identificação pessoal. É importante que seja apresentado nos atendimentos médicos de rotina e fundamental que esteja disponível nos casos de acidentes.

Fonte: Portaria 1602, de 17 de julho de 2006. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, p. 66-7, 18 jul. 2006.

O Potencial Revolucionário das Células-tronco

Julho/2004

Por meio do congelamento, o ser humano encontrou uma maneira de preservar o que o tempo degenera. Depois de dominar a conservação de alimentos, o homem aprimorou técnicas que permitem congelar formas de vida, protegendo-as do envelhecimento e da morte.

O congelamento de unidades vivas, tais como as células-tronco, é um exemplo de como a ciência terapêutica pode ajudar o ser humano. Estas células, base da chamada Medicina Regenerativa, podem ser utilizadas para reparar tecidos danificados e tratar enfermidades incuráveis como câncer, lesões da medula espinhal, diabetes, entre outras.

Em 16 anos, as células-tronco já foram utilizadas para substituir o transplante de medula óssea, no tratamento da leucemia, linfoma, mieloma e algumas enfermidades imunológicas. Graças a pesquisas em andamento, podemos esperar que, num futuro próximo, essas células sejam utilizadas no tratamento de doenças cardíacas, neurológicas e endócrinas. Estudos revelaram que elas poderão, inclusive, substituir dentes humanos através de uma terceira dentição.

Apesar do seu potencial revolucionário, os problemas com a coleta de células-tronco em embriões levaram especialistas de diversos países a optar pelo sangue do cordão umbilical e da placenta, que é rico neste material e não compromete os princípios da bioética. Em todo o mundo, inclusive no Brasil, existem bancos privados dedicados exclusivamente a esta tarefa, como a Criogênesis, com 2 anos de existência e pioneira do país no armazenamento do sangue do cordão umbilical.

Após o parto, geralmente o cordão umbilical é descartado pelas equipes de obstetrícia. Hoje, existe a opção de coletar e armazenar as células do cordão em pelo menos 15 minutos após o nascimento. O procedimento é totalmente seguro, pois o sangue só é retirado após a separação do bebê e da mãe. Os pais que optam pelo congelamento do sangue do recém-nascido, estão na verdade, fazendo um backup celular do filho, que poderá no futuro garantir o tratamento de várias doenças. A finalidade é garantir ao doador uma reserva celular que poderá ser-lhe útil no futuro em ocorrências de doenças que possam ser tratadas pela infusão de células-tronco.

Com relação às doenças da medula óssea, a dificuldade de se encontrar doadores compatíveis é expressiva, principalmente no Brasil, devido à intensidade da miscigenação racial. A chance de compatibilidade entre irmãos é de 25% e entre não aparentados é de somente 0,000025%. Mesmo quando se avalia a possibilidade do auto-transplante, a medula pode ser ineficiente, uma vez que existem chances de estar contaminada pela própria doença do paciente. Além disso, nos raros diagnósticos em que sua utilização é possível, a coleta das células da medula exige anestesia e procedimentos cirúrgicos, o que debilita ainda mais a saúde do paciente.

A utilização das células-tronco provenientes da placenta para transplante apresenta inúmeras vantagens em relação à utilização de medula óssea, pois são mais jovens, possuem menor potencial de rejeição e são coletadas de maneira não traumática e indolor.

O armazenamento das células-tronco, além de servir para uso próprio, pode também beneficiar parentes próximos, principalmente irmãos. Com as células criopreservadas há garantia de rapidez no tratamento e não há riscos de rejeição após o transplante caso elas sejam do próprio doador. Em 1988 foi realizado, com sucesso, o primeiro transplante de medula óssea feito com células do cordão umbilical. Desde então, mais de 2.500 procedimentos já foram realizados em todo o mundo.

Nelson Tatsui
Hematologista
Fonte: Hospitalar.com


Segunda Opinião
Posicionamento do Dr. Silvano Wendel, Diretor médico do banco de sangue do hospital Sírio Libanês/São Paulo, sobre bancos de cordão umbilical.

A tecnologia de congelamento de células de cordão é muito bem dominada por alguns serviços médicos no Brasil há vários anos. Logo, seria natural que migrássemos para esse campo. Mas, mesmo sendo factível a sua introdução, ficamos convencidos de que essa seria uma área que só deveria ser implantada por instituições (preferencialmente públicas) responsáveis pelo tratamento de um grande contingente de pacientes, pois só com um cadastro nacional abrangente poderiam ser atendidos aqueles com indicação de transplante de medula óssea que não tivessem doadores relacionados disponíveis.

Infelizmente, foi com muito pesar que vi a proliferação de bancos de cordão voltados ao possível atendimento dos próprios doadores do cordão (crianças saudáveis e provenientes de famílias com bons recursos financeiros), uma prática totalmente desnecessária e com pouca repercussão do ponto de vista da saúde pública. Foi por esse motivo que nunca nos aventuramos nesta área.

Fonte: FSP, 23/07/2004.

LÚPUS ERITEMATOSO

Apesar de muitos homens serem afetados pelo Lúpus, ele costuma ocorrer de 10 a 15 vezes mais nas mulheres adultas do que nos homens adultos. Mesmo entre as mulheres, acredita-se que aquelas de origem africana, indígena ou asiática desenvolvam a doença com mais freqüência do que mulheres brancas.

Possivelmente os fatores hormonais seriam responsáveis pela maior incidência do Lúpus entre as mulheres. Isso pode ser suspeitado tendo em vista o aumento dos sintomas que ocorre antes do período menstrual e durante a gravidez. Particularmente o estrogênio estaria relacionado à doença.

Quanto à idade, o Lúpus pode aparecer em qualquer faixa etária e os sintomas serão os mesmos nos homens e mulheres.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico ou, mais simplesmente Lúpus, é uma doença crônica, auto-imune, que causa inflamações em várias partes do corpo, especialmente na pele, juntas, sangue e rins.
Vejamos como podem ser entendidas as chamadas Doenças Auto-imunes.

No estado normal nosso sistema imunológico produz proteínas chamadas anticorpos cuja função é proteger o organismo das eventuais agressões, sejam dos vírus, das bactérias, de células cancerígenas e quaisquer outros corpos estranhos. Estes agentes agressores, capazes de determinar a produção automática de anticorpos, são então chamados antígenos.
Devido a uma desordem imunológica como o Lúpus (existem muitas outras), o sistema imunológico defensivo perde sua habilidade de diferenciar os corpos estranhos (antígenos) e suas próprias células e passa a direcionar anticorpos contra o próprio organismo. Estes anticorpos dirigidos anormalmente contra o próprio organismo são chamados de auto-anticorpos.

Os auto-anticorpos acabam reagindo com elementos do próprio organismo formando complexos imunológicos. São esses tais complexos imunológicos que acabam crescendo nos diversos tecidos, dependendo do tipo da doença auto-imune, causando todo tipo de lesões.

Quando esses tecidos são, por exemplo os rins, teremos as glomerulonefrites agudas auto-imunes, assim como podemos ter as artrites da febre reumática, ou a inflamação da tireoidite e assim por diante. Assim sendo, o Lúpus é um dos tipos das chamadas doenças auto-imunes.

Tipos de Lúpus

Existem 3 tipos de Lúpus: o Lúpus Discóide, o Lúpus Sistêmico, e o Lúpus Induzido por Drogas.
O Lúpus Discóide é sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das pessoas Lúpus Discóide pode evoluir para o Lúpus Sistêmico, o qual pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo.

O Lúpus Sistêmico costuma ser mais grave que o Lúpus Discóide e, como o nome diz (sistêmico=geral), pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na pele e nas juntas, em outras podem predominar as juntas, rins, pulmões, sangue, em outras ainda, outros órgãos e tecidos podem ser afetados. Enfim, cada caso de Lúpus é diferente do outro.

O Lúpus Induzido por Drogas, também como o nome diz, ocorre como conseqüência do uso de certas drogas ou medicamentos. Os sintomas são muito parecidos com o Lúpus Sistêmico.
Algumas drogas já foram detectadas como facilitadoras do desenvolvimento de Lúpus. É o caso, por exemplo, da hidralazina, medicamento para tratamento da hipertensão, ou da procainamida, usada para tratamento de algumas arritmias cardíacas.

Entretanto, quando ocorre a doença auto-imune devido ao uso dessas substâncias, isso depende mais da pessoa que da própria substância, ou seja, não são todas as pessoas que tomam esses produtos que desenvolverão o Lúpus, mas apenas uma pequena porcentagem delas. Isso significa que a imunidade dessas pessoas vulneráveis à doença auto-imune é que é o problema, propriamente dito.

Causas do Lúpus

As causas do Lúpus não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que fatores ambientais e genéticos estão envolvidos. Enquanto os cientistas acreditam haver uma predisposição genética para a doença, é sabido que fatores ambientais também têm importante papel para o despertar do Lúpus. Alguns dos fatores ambientais que podem despertar a doença são: infecções, medicamentos, exposição a raios ultravioletas e o estresse. É por causa desse último fator associado à causa, o estresse, que o Lúpus pertence também ao capítulo das doenças psicossomáticas.

Em relação ao componente genético do Lúpus, podemos dizer que embora a doença seja conhecida por ocorrer dentro de famílias, não houve ainda a identificação de um gene ou genes responsáveis por ela. É em torno de 10 a 12% o número de pacientes que têm parentes próximos com a doença, e apenas 5% de filhos de pacientes desenvolverão o Lúpus.

Sintomas e Diagnóstico do Lúpus

Apesar do Lúpus poder afetar qualquer área do organismo, a maioria dos pacientes apresenta os sintomas em apenas alguns órgãos. Devido esse aspecto geral (sistêmico) do Lúpus, ele pode se assemelhar a muitas outras doenças, tornando seu diagnóstico difícil.

O diagnóstico é feito, muitas vezes, por um cuidadoso exame clínico, uma detalhada entrevista e através de exames de laboratórios. Atualmente não há um exame específico para determinar se a pessoa tem Lúpus ou não.

Para o Lúpus Discóide o diagnosticado pode ser facilitado por biópsia do tecido atingido pela inflamação. Nesse caso, a biópsia vai mostrar anormalidades que não são encontradas na pele normal. Geralmente esse tipo de Lúpus não atinge órgãos internos do corpo. Nesse caso, o teste ANA, um teste sangüíneo usado para detectar Lúpus Sistêmico, pode dar negativo.

O suspeito de Lúpus deve apresentar pelo menos quatro dos sintomas abaixo, mesmo que esses sintomas possam não ocorrem todos necessariamente ao mesmo tempo.
Critérios Usados Para Diagnosticar Lúpus

Erupções cutâneas
Erupções no malar (maçãs do rosto)
Erupção discóide (em forma de disco)
Manchas vermelhas protuberantes
Fotossensibilidade
Reação à luz do sol com erupções cutâneas
Ulcerações Orais
Feridas no nariz e na boca, normalmente sem nenhuma dor
Artrite
Artrite não erosiva, envolvendo duas ou mais juntas periféricas (artrite que não destrói os ossos próximos às juntas)
Seroenterite
Pleurite ou pericardite

Muitas vezes os rins são comprometidos no Lúpus, havendo excesso de proteína na urina e/ou aumento de células, elementos anormais derivados de hemácias e/ou leucócitos e/ou de células de tubos renais.

Com certa freqüência podem surgir sintomas neuro-psiquiátricos, tais como convulsões e psicose. No sangue o Lúpus pode provocar anemia hemolítica, diminuição de leucócitos abaixo de 4000 células por milímetro cúbico (leucopenia).

O primeiro teste de laboratório idealizado para detectar o Lúpus foi o teste celular LE (lupus erythematosus). Quando o teste é repetido várias vezes, costuma ser positivo em 90% das pessoas portadora de Lúpus Sistêmico. Entretanto, nem todas as pessoas com o teste celular LE positivo estão com Lúpus. Esse teste pode dar positivo em até 20% das pessoas com artrite reumática, em outras condições reumáticas, em pacientes com problemas no fígado e em pessoas usam drogas como procainamide, hydralazine e outras.

Outro teste, o chamado Teste de Fator Anti Nuclear (ANA ou FANA) é mais específico para o Lúpus do que o teste celular LE. Este teste dá positivo em virtualmente todas as pessoas com Lúpus Sistêmico e é o melhor exame disponível atualmente. É tão eficaz para Lúpus que se o resultado for negativo, provavelmente o paciente não tem a doença.

Devido à essas dificuldades clínicas e laboratoriais, pode levar um bom tempo até que uma pessoa seja definitivamente diagnosticada com Lúpus. Durante esse período, o paciente pode se sentir frustrado pela aparente incapacidade dos médicos em confirmar um diagnóstico. Antes que o diagnóstico seja confirmado, algumas queixas principais do paciente serão de ordem emocional.


O Lúpus e a Depressão

Há uma percepção clínica geral de que a depressão ocorre com freqüência no curso do Lúpus. Se essa depressão pode ser normalmente esperada devido ao estresse e aos sacrifícios impostos pela doença ou se, ao contrário, é ela que agrava e desencadeia os sintomas e crises agudas é uma questão de difícil resposta.

As pessoas com Lúpus e deprimidas normalmente são alertadas que esse estado emocional pode ser induzido pelo próprio Lúpus, pelos medicamentos usados no tratamento e por um incontável número de fatores vivenciais com alguma relação com essa doença crônica.

Mas, a condição clínica de Depressão não deve ser confundida com as pequenas alterações diárias de humor, a que todos estamos sujeitos no enfrentamento das dificuldade cotidianas. Ao nos sentirmos felizes ou angustiados ou invejosos ou irritados, todos estamos "deprimidos" de vez em quando. Por outro lado, Transtorno Depressivo clinicamente identificado é um prolongado e desagradável estado de incapacidade com intranqüilidade, ansiedade, irritabilidade, sentimentos de culpa ou remorso, baixa auto-estima, incapacidade de concentração, memória fraca, indecisão, falta de interesse nas coisas que normalmente gostava, fadiga e uma variedade de sintomas físicos tais como dores de cabeça, palpitações, diminuição do apetite e/ou performance sexual, outras dores no corpo, indigestão, constipação ou diarréia etc..

Alguns estudos mostram que 15% das pessoas com doenças crônicas em geral sofrem de Transtorno Depressivo (Howard S. Shapiro); outros autores aumentam esse número para quase 60%. De qualquer forma, é bom ter em mente que, embora o Transtorno Depressivo seja muito mais comum em portadores de doenças crônicas, como por exemplo o Lúpus, do que no resto da população, nem todos esses doentes vão sofrer de Depressão obrigatoriamente.

No Lúpus Eritematoso Sistêmico os sintomas da depressão, tais como a apatia, letargia, perda de energia ou interesse, insônia, aumento nas dores, redução do apetite e da performance sexual, etc., podem estar sendo atribuídos à própria doença e, com isso, minimizando a importância clínica desse estado afetivo passível de tratamento.

Por causa disso ou, devido à insensibilidade do clínico, a maioria dos casos de depressão no paciente lúpico passa despercebido e sem tratamento, muitas vezes até que a doença atinja estágios bastante avançados, quando a gravidade do problema se torna insuportável para o paciente, correndo risco de levar ao suicídio. Na realidade, muitos estudos indicam que entre 30 e 50% dos casos de depressão não são diagnosticados pelos procedimentos médicos corriqueiros.

Muitos pacientes com Lúpus se recusam a admitir que estejam em um estado depressivo e negam com veemência que estão se sentindo infelizes, intimidados ou deprimidos. Eles pretendem transmitir uma imagem de coragem, determinação ou coisa assim. Nesses casos os pacientes apresentam a depressão "disfarçada" ou atípica. Eles resistem ao reconhecimento pessoal do estresse emocional e da depressão clássica substituindo os sentimentos típicos por vários outros sintomas físicos. Sim, porque sintomas físicos sempre têm um elogioso aval da sociedade.

Contribuindo ainda para não se proceder um tratamento adequado da depressão no paciente com Lúpus, está a noção distorcida de que as pessoas com um a doença crônica "têm razões para se sentirem deprimidos porque estão doentes", como se isso justificasse o não tratamento e o descaso diante do fato. Essa crença interfere no diagnóstico precoce, no tratamento precoce, e no alívio igualmente precoce da depressão.

Entre os vários fatores que contribuem para a depressão numa doença como o Lúpus estão os abalos emocionais causados pelo estresse e tensão associados à lida com a doença, os sacrifícios e esforços necessários aos ajustes que o paciente deve fazer na sua vida e os vários medicamentos usados no tratamento do Lúpus, como por exemplo os corticosteróides.

Também é importante o envolvimento de certos órgãos no Lúpus, como é o caso do cérebro, coração ou rins, que também pode levar a um estado depressivo. Existem ainda muitos outros fatores ainda pouco explicados que podem estar relacionados à depressão do paciente com Lúpus.


Fonte: G.J.Ballone (psiqweb)

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