sábado, 22 de março de 2008

Mulheres com deficiência se organizam em grupo para lutar por seus direitos



NOTÍCIAS
CONADE

Reunidas na II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que aconteceu este mês em Brasília, 19 delegadas com deficiência criaram um grupo para reivindicar seus direitos e políticas públicas que as contemplem. O Coletivo Nacional de Mulheres com Deficiência inicialmente vai funcionar como uma lista de discussão na internet, mas já apresentou a primeira moção na Conferência: um assento destinado às mulheres com deficiência no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (CNDM). As mulheres também solicitaram que o CNDM encaminhe uma recomendação para que os conselhos estaduais e municipais façam o mesmo.

Vindas de todas as regiões do Brasil, as delegadas, com diferentes tipos de deficiência, mais do que dobraram a participação em relação à I Conferência há dois anos, que contou apenas com 9 representantes do segmento. Apesar de ainda representarem um número pequeno – menos de 1% das 2800 participantes no evento, elas se comprometeram a se empenhar para ocupar mais espaços. A discussão central da Conferência foi sobre a participação das mulheres na política e nas estruturas de poder.


Sobre a acessibilidade na Conferência, as delegadas reconheceram que foi feito um esforço da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, da Presidência da República, responsável pela organização para recebê-las. Intérpretes de Libras acompanharam as delegadas surdas e o local do encontro – o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, tinha rampas e banheiros adaptados. As delegadas notaram, no entanto, que apenas o material inicial foi distribuído em formato acessível, o que não aconteceu com panfletos e outras publicações distribuídas durante a Conferência.


Quitéria, que tem deficiência mental, veio como representante da Associação de Empregadas Domésticas de Sergipe defender o direito do acesso das domésticas à Previdência Social em igualdade de condições com os demais trabalhadores.


Luiza Câmera, da Bahia, usuária de cadeira de rodas, reclamou do comportamento de várias delegadas durante a Conferência, que tendem a infantilizar as mulheres com deficiência: “Elas falam comigo no diminutivo- tá com friozinho, já comeu o lanchinho... Eu exijo respeito !”, reclamou. Autora de dois livros, membro do Conselho Estadual de Saúde da Bahia, e Presidente da ABADEF, Associação Baiana de Deficientes Físicos, Luiza defendeu na Conferência que o recorte de deficiência fosse contemplado em todos os pontos do Programa Nacional para Mulheres, discutido durante o encontro.


As delegadas trocaram contatos e formaram o fórum de discussão Coletivo Nacional de Mulheres com Deficiência, para organizar melhor sua participação nas próximas conferências e nos conselhos. Também propuseram à Secretaria de Políticas das Mulheres com Deficiência que realize o I Seminário de Mulheres com Deficiência.


Para entrar para o Coletivo Nacional de Mulheres com Deficiência, basta acessar o link abaixo e clicar em Entrar nesse grupo:

http://br.groups.yahoo.com/group/coletivonacionalmulherescomdeficiencia/

Ou escrever uma mensagem para:

coletivonacionalmulherescomdeficiencia-subscribe@yahoogrupos.com.br

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