quinta-feira, 19 de março de 2009

Nova terapia traz esperança para pacientes de Parkinson

Da BBC
Cientistas americanos conseguiram usar células clonadas para tratar Mal de Parkinson em camundongos, segundo uma pesquisa do Memorial Sloan-Kettering Cancer Centre publicada na revista Nature Medicine.



O estudo apresentou as melhores evidências até agora de que a controversa técnica pode, um dia, vir a ajudar pacientes de Mal de Parkinson.



A equipe do Memorial Sloan-Kettering Cancer Centre afirma que esta é a primeira vez que o tratamento de animais com suas próprias células clonadas é bem sucedido.



Especialistas britânicos afirmam que a pesquisa é promissora e animadora.



Sem rejeição



No Mal de Parkinson, células nervosas da parte do cérebro que controla o movimento de músculos morrem ou ficam debilitadas.



Normalmente essas células produzem uma substância química vital conhecida como dopamina, que permite a função coordenada dos músculos e movimentos do corpo.



Na clonagem terapêutica, o núcleo de uma célula é inserida dentro de um óvulo que teve seu núcleo removido.



Esta célula então se desenvolve em um embrião, do qual podem ser colhidas células-tronco para serem usadas em tratamentos.



Neste estudo, as células-tronco se desenvolveram em neurônios produtores de dopamina para substituir as células perdidas com a doença.



Os camundongos que receberam os neurônios colhidos de seus clones apresentaram significativos sinais de melhoras, mas quando as células foram transplantadas em camundongos que não eram geneticamente compatíveis, elas não sobreviveram e os cobaias não se recuperaram.



Segundos pesquisadores, a terapia é promissora porque, como as células originalmente vieram dos próprios animais doentes, elas não foram rejeitadas pelo seu sistema imunológico.



Esperança



Os cientistas buscam uma terapia com células-tronco para o Mal de Parkinson porque ela permitiria a substituição das células nervosas produtoras de dopamina, mortas pela doença, por células novas e saudáveis.



Isso poderia restabelecer o suprimento de dopamina no cérebro, permitindo que ele voltasse a funcionar normalmente.



Mas até agora o desafio tem sido produzir células nervosas que sobrevivam depois do transplante.



Para o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Parkinson's Disease Society, na Grã-Bretanha, Kieran Breen, "este é um desenvolvimento animador já que, pela primeira vez, nós podemos ver que pode ser possível criar células-tronco embriônicas do próprio paciente para tratar sua doença".



"Os pesquisadores nesta área agora precisam realizar mais estudos para satisfazer as preocupações com segurança e tornar o processo mais eficiente, antes que esses estudos sejam aplicados nos pacientes com Mal de Parkinson."



O especialista em pesquisas com células-tronco no National Institute of Medical Research de Londres Robin Lovell-Badge concorda que o estudo é significativo, mas ressalta que os camundongos foram estudados por apenas 11 semanas depois do procedimento, o que não seria tempo suficiente para saber se o tratamento funciona a longo prazo.



Em outro estudo, uma equipe da University College London descobriu mutações em um gene que podem causar o Mal de Parkinson em pessoas com histórico familiar da doença.



A descoberta pode dar aos cientistas uma pista sobre o que causa a doença, e poderia contribuir na busca de novos tratamentos.

Fonte: G1.COM

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